quarta-feira, 26 de maio de 2010

RELIGIÕES. Texto de Jeane Batista aborda essa característica comum a todos os povos



RELIGIÕES; a saga da humanidade na busca de seu reencontro com o mistério divino


Jeane Batista de Almeida*


A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religionem, mas desconhece-se ao certo que relações estabelecem religionem com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao surgimento do cristianismo, religionem referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
Dentro do que se define como religiões, podemos encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.
A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a certos grupos sociais. A idéia de religião com muita freqüência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, semideuses, etc.
As religiões que afirmam a existência de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta. As religiões monoteístas admitem somente a existência de um único deus, um ser supremo. As religiões politeístas admitem a existência de mais de um deus. Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no mundo: judaísmo, cristianismo e Islã juntos agregam mais da metade dos seres humanos e quase a totalidade do mundo ocidental.
Quanto à legitimação da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islã, em que Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus. As religiões estabelecem que certos períodos temporais são especiais e dedicados a uma interação com o divino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religiões consideram que certos dias da semana são sagrados. Outras marcam esses dias sagrados de acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, na religião Wicca.
Embora cada religião apresente elementos próprios, é também possível estabelecer uma série de elementos comuns às várias religiões e que podem permitir uma melhor compreensão do fenômeno religioso. As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Gênesis na tradição judaica e cristã.

*Aluna do I período de Letras da FVJ

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